Tem brincadeiras que existem há muito tempo. Desde o tempo dos nossos pais, nossos avós e muito antes deles... Brincadeiras que as crianças do mundo inteiro brincam, seja na neve, na praia, falando inglês ou japonês. Queria ensinar para você as minhas brincadeiras favoritas.
Você pode brincar na rua ou dentro de casa, de noite ou de dia e algumas delas você pode brincar mesmo se estiver doente na cama. Claro que o mais divertido é brincar ao ar livre, em um lugar aberto, seguro, como num parque, ou no pátio da escola na hora do recreio.
Chame os amigos e vamos começar! Vai ser diversão na certa.
Brincando de roda
Tem que juntar pelo menos 3 amigos, dar as mãos e fechar a roda. Cantar e rodar, às vezes para um lado, às vezes para o outro. E, dependendo da música, pode rodar bem devagar e depois bem rápido. Só não vale ficar tonto!
Para começar:
Eu sou pobre, pobre, pobre
De marré, marré, marré.
Eu sou pobre, pobre, pobre
De marré de si.
Eu sou rica, rica, rica
De marré, marré, marré.
Eu sou rica, rica, rica
De marré de si.
Girando para o outro lado:
Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar.
Vamos dar a meia-volta,
Volta e meia vamos dar.
O anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou.
O amor que tu me tinhas
era pouco e se acabou.
Por isso seu Valente*
Entre dentro desta roda,
Diga um verso bem bonito,
Dê adeus e vá embora.
* Aqui se coloca o nome do colega que a gente quer chamar para brincar.
Virando para fora:
A canoa virou
Pois deixaram virar
Foi por causa da Luli*
Que não soube remar.
Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar,
Eu tirava a Luli* do fundo do mar.
Siri para cá, siri para lá,
A Luli é velha e quer casar.
Siri para cá, siri para lá,
A Luli é velha e quer casar.
*Cada vez que o nome de uma criança é falado, ela tem que virar de costas, dar as mãos de novo e continuar rodando virada para fora. A brincadeira acaba quando todos estiverem virados assim.
Sentando e levantando quando a música mandar:
Carneirinho, carneirão, neirão, neirão...
Olhai para o céu, olhai para o chão, para o chão, para o chão.
Mande o Rei, Nosso Senhor, Senhor, Senhor,
Para todos se sentarem.
Quando a música pede para olhar para o céu, a gente olha, quando pede para sentar, todos sentam, e aí as ordens vão mudando como a gente quiser: se ajoelharem, se deitarem, se abraçarem, etc.
Entrando e saindo da roda:
Alguém é chamado pelo nome, vai para o meio da roda e escolhe outra criança para entrar junto. Quando a música acaba elas saem da roda e a brincadeira começa de novo.
Eu fui ao Tororó
Beber água e não achei.
Achei bela morena
Que no Tororó deixei.
Aproveite, minha gente,
Que uma noite não é nada.
Se não dormir agora,
Dormirá de madrugada.
Oh, Mariazinha*,
Oh, Mariazinha
Entrará na roda
Ou ficará sozinha.
Sozinha eu não fico,
Nem hei de ficar.
Pois eu tenho o Léo*,
Para ser meu par.
Daí os dois cantam de mãos dadas:
Deita aqui no meu colinho,
Deita aqui no colo meu.
E depois não vá dizer,
Que você se arrependeu.
Pra todo mundo rir:
O sapo não lava o pé,
Não lava porque não quer.
Ele mora lá na lagoa,
Não lava o pé, porque não quer.
- Mas que chulé!
O Juba* não lava o pé.
Não lava porque não quer.
Ela mora lá na floresta,
Não lava o pé porque não quer.
- Mas que chulé!
O Leo não lava a mão,
Não lava, não lava não,
Ele mora bem lá na roça,
Não lava a mão porque não gosta.
- Mas que sujão!
*A gente vai trocando o nome do colega, mudando o lugar onde ele mora, a parte do corpo que ele não lava, e ainda aproveita pra inventar umas rimas malucas na hora. Quando não rima também dá vontade rir...
E, pra terminar, tem aquela da Casa. O compositor Toquinho colocou música na poesia do Vinícius de Moraes e ficou assim:
Era uma casa muito engraçada,
Não tinha teto, não tinha nada.
Ninguém podia entrar nela não,
Porque na casa não tinha chão.
Ninguém podia dormir na rede,
Porque na casa não tinha parede.
Ninguém podia fazer pipi.
Porque penico não tinha ali.
Mas era feita com muito esmero,
Na Rua dos Bobos, número zero.
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Cabra-cega
Essa brincadeira precisa de espaço, de preferência um lugar tipo quintal ou jardim. Também dá para fazer dentro de casa, mas tem que afastar mesas e cadeiras, deixando um espaço grande livre pra ninguém se machucar.
Primeiro se escolhe alguém para ficar com um pano amarrado sobre os olhos. Daí a gente leva essa criança pela mão até o meio da sala, gira e solta em seguida. Ela vai tentar pegar alguém, enquanto a gente fica chamando, provocando, fazendo barulho e escapulindo. Quem for pego vai ser a nova cabra-cega.
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Esconde-esconde
Esconde-esconde é bom quando tem uns 4 amigos ou mais. A gente escolhe um para ser o pegador, decide o lugar do pique (que pode ser numa árvore ou numa parede) e o pegador fica lá, encostado, com a cabeça apoiada nos braços, os olhos bem fechados e contando até 20. Bem devagar, mas com a voz alta.
Enquanto o pegador vai contando, todo mundo corre e se esconde. Quando acaba, ele grita "- Lá vou eu!" e sai para procurar os outros. Quem ele pega tem que ir para o pique e ficar lá parado, esperando. Se outra criança conseguir encostar na que foi pega, ela é salva e pode correr novamente. Depois que o pegador pegar todo mundo, o primeiro que foi apanhado passa a ser o pegador na próxima rodada.
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Queimado
Para esta brincadeira você precisa de uma bola e de vários amigos. Depois é preciso desenhar um campo no chão, dividir o espaço em 4 partes e separar a turma em 2 times, cada um em um lado. Um dos times é sorteado para começar o jogo. Um jogador lança a bola com a mão, tentando acertar alguém do outro time.
Se alguém for acertado e a bola cair no chão em seguida, esta criança foi queimada, e deve ir para a parte delimitada atrás do campo do time contrário - que a gente chama de cemitério. Mas se o jogador pegar a bola sem deixar cair, ele rapidamente joga a bola, tentando atingir alguém do outro time.
A criança queimada pega todas as bolas que caem no cemitério, e pode jogar bem forte na direção das crianças do seu time, que estão lá no outro campo. Pode também tentar queimar as crianças do time contrário. Se conseguir, ela é salva e volta para o seu lado do campo. O jogo termina quando todas as crianças de um time forem queimadas pelo time vencedor.
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Amarelinha
Essa dá pra brincar sozinho ou com quantos amigos quiser. Primeiro tem que desenhar o caminho da amarelinha no chão. Dá pra desenhar com giz, com um pedaço de tijolo ou de carvão.
Aí você pega uma pedrinha (as achatadas são as melhores), e começa jogando ela na casa 1. Daí salta a casa 1 e cai ao mesmo tempo com um pé na casa 2 e o outro na casa 3. Pula com um pé só na casa 4, cai ao mesmo tempo com um pé de cada lado nas casas 5 e 6 e assim por diante. Na casa 10 você faz a volta, retornando pelo mesmo caminho. Quando estiver com os pés nas casas 2 e 3, você abaixa e pega a pedrinha que está na casa 1 e sai do caminho.
Em seguida você tem que jogar a pedrinha na casa 2, começar pisando na casa 1 com um pé só, passar para a casa 3 da mesma forma é seguir como da outra vez. Sempre que tiver que jogar a pedra nas casas duplas fica mais difícil completar o caminho, pois não dá pra descansar nos dois pés e às vezes a gente desequilibra. Esta é a graça da brincadeira.
Quando você acabar de passar por todos os números, é só acertar a pedra no Céu. Sempre que você errar, passa a ser a vez de outro amigo tentar fazer o caminho todo. Ganha a brincadeira quem primeiro chegar no Céu.
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Telefone sem fio
Para essa brincadeira você tem que chamar pelo menos uns 5 amigos, mas quanto mais gente melhor. A gente se senta em roda, bem pertinho um do outro. Quem for escolhido começa dizendo uma frase no ouvido de quem está do seu lado. Tem que falar bem rápido e bem baixinho, para ninguém mais ouvir.
Da mesma forma, , baixinho e rápido, esse jogador repete o que ouviu para quem está do seu lado. Não importa se não ouviu direito, tem que passar adiante exatamente como entendeu.
Quando chegar no último da roda, ele vai falar bem alto a mensagem que recebeu. Daí quem mandou a mensagem no começo vai dizer qual era a frase original. A gente morre de rir vendo como a mensagem foi mudando cada vez que foi repetida.
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Quente e frio
Essa brincadeira precisa pelo menos de uns 3 jogadores - se tiver mais, melhor. Um é escolhido para procurar o tesouro, que pode ser qualquer coisa. Quando dá pra ser uma coisa que fique de presente pra quem achar, ótimo.
Quem vai procurar tem que sair do ambiente, até que o objeto seja escondido pelos outros. Chama-se o jogador de volta e ele começa a procurar. Toda vez que chega perto de onde o objeto está os outros dizem: "Tá quente". Quando se afasta do local a gente diz: "Tá frio". Quando estiver muito perto dá pra dizer que está pelando. E, se estiver se afastando, se diz que está congelando.
Tesouro encontrado, o jogo recomeça com um novo procurador. É o tipo da brincadeira boa para usar na época da Páscoa ou do Natal, escondendo os ovos de chocolate ou os presentes da turma.
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Passa anel
As meninas adoram esta brincadeira, mas menino também pode brincar, claro. O importante é que tenha bastante gente na roda.
Unindo as mãos em forma de concha, alguém guarda um anel lá dentro e vai passando suas mãos entre as mãos dos outros, que também têm que estar unidas em concha, igualzinho. Quem está com o anel vai passando suas mãos entre as mãos de todos, até deixar o anel com alguém, sem que se perceba. Quando acabar de passar por todas as mãos, vai perguntar com quem está o anel.
Todos tem que responder ao mesmo tempo. Quem estiver com o anel precisa disfarçar, apostando que está com outro jogador. Aquele que acertar passará o anel na próxima rodada.
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Forca
Esse jogo é ótimo pra brincar em dia de chuva ou mesmo quando a gente está doente. Só precisa de um amigo, e é muito divertida.
Um dos dois jogadores escolhe uma palavra (de preferência uma difícil), e coloca em um papel o número de traços que correspondem ao número de letras da palavra. Aí desenha uma forca, onde o outro vai ser enforcado, caso não descubra as letras certas.
Seu amigo começa a dizer as letras que ele acha que tem nesta palavra. Se a palavra tiver a letra, você vai colocando em cima do traço, na posição exata. Cada vez que a palavra não tiver a letra que ele disse, você desenha uma parte do corpo na forca e anota a letra no lado, para ele não errar de novo.
Se o corpo todo tiver sido desenhado (cabeça, tronco, dois braços e duas pernas) e ele errar mais uma, vai perder a brincadeira e ser enforcado. Se ele conseguir completar a palavra antes disso, ganha o jogo e escapa da forca.
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